O sector do Táxi tais como os das plataformas digitais (Cabify e Uber) e também dos “tuk-tuks”, etc. caracterizam-se por relações de trabalho desregulamentadas, muitas vezes ilegais, em que os patrões fogem a cumprir as suas obrigações, transferindo para os trabalhadores toda a pressão da concorrência selvagem e desleal que existe.
Os trabalhadores da escola de condução “Venezuela”, em Benfica, foram ontem inesperadamente confrontados com o encerramento das instalações da empresa, ficando à porta e sem trabalho.
A FECTRANS e a APEC – Associação Portuguesa de Escolas de Condução firmaram um acordo com vista à revisão e publicação do Contrato Colectivo de Trabalho, que, para além de, no essencial, manter o clausulado do CCT, aumenta em 1,5% os salários e demais rubricas de expressão pecuniária para 2017, e reduz para 39 horas os horários dos instrutores de condução.
Perante a falta de pagamento dos salários, do trabalho suplementar e subsídio de refeição, e perante o incumprimento do Contrato Colectivo, os trabalhadores da Escola de Condução/Segurança Máxima, mandataram o Sindicato para desencadearem uma greve para o próximo dia 17 de Maio, que não se vai concretizar porque, perante a mobilização e determinação dos trabalhadores, a administração reuniu, ontem, com a estrutura sindical e assumiu o pagamento dos salários e iniciar um processo de negociação para a resolução dos restantes problemas.